Li um artigo sobre o dia do blogueiro ( é, esse dia é comemorando pelo menos umas 3 vezes ao ano) falando que tinham não sei quantos milhões de blogs no mundo e que quase 60% ( ou uma porcentagem expressiva) deles estavam abandonados - As informações dadas nesse blog são sempre muito precisas - e isso me deixou reflexiva: " Ainda bem que eu não faço parte dessa categoria ou será que sou?"
Tenho esse blog desde os 14, na época escrevia sobre as dificuldades do PAS, livros que eu andava lendo e tinha até post sobre o que ocorria no mundo. Já falei sobre diversos assuntos, filmes, séries, livros e moda até mesmo BBB. Mas esses posts nem se comparam com aqueles que falo da dificuldade de ser meiga, sobre como amadureci com o tempo e até mesmo reflexões muito profundas sobre a nossa breve existência na terra. Tenho ainda mais uma infinidade de posts dizendo que não morri, só tinha abandonado o blog por uns tempos porque [ insira desculpa esfarrapada aqui].
O fato é que o que mais moveu esse blog foi o fato de que ter liberdade para escrever o que quisesse e não me sentisse pressionada para falar do mesmo assunto x. As pessoas querem falar sobre moda e falam disso exaustivamente e os assuntos ficam sempre os mesmos e sempre falta inspiração porque tal assunto já foi falado em outros mil blogs.Ficam obrigadas a resenhar mil livros - ler 80 livros por ano não é normal! - Mais sabe um assunto que não acaba e é inédito? falar sobre a vida. Não precisa contar detalhes pessoais que te exponham. Conte sobre coisas que goste e o que tem feito de bom, coloque registros dos seus momentos, são unicos e vão passar. Não precisa postar a foto do café da manhã todos os dias, mas se isso te apetece e é uma forma de lembrar que está vivendo, porque não?
Mas será que isso vai atrair leitores ao blog? não sei, talvez. Dizem que sempre somos bom em fazer aquilo que gostamos e logo vem o reconhecimento. Mas prefiro um comentário sincero do que mil que não dizem nada. Prefiro um amigo leitor que se preocupe com o que eu estou sentindo do que 30 mil que se preocupam com o que estou vestindo.
E termino com uma frase do Oscar Wilde que modéstia a parte diz muito sobre como me sinto em relação ao meu blog:
"Nunca viajo sem o meu diário. É preciso ter sempre algo extraordinário para ler no comboio."
Tá ok, tira a parte do extraordinário e substitua por divertido.
Sempre temos nossas fases, nossas crises, nossos questionamentos e filosofias. Ter um blog nos ajuda a amadurecer tudo isso, e ainda ajudar outras pessoas que estejam passando pela mesma situação. Sou blogueira desde 2009 e não abando narei esse mundinho nosso!
ResponderExcluirbjssss
Concordo demais com o seu texto, Thamires! Eu sempre ficava exausta e pensar em posts que "os outros gostariam de ler", mas os posts que eu fazia só porque queria eram sempre ótimos (não necessariamente de ler, mas de escrever! haha)...
ResponderExcluirBeijos
Adorei o seu texto e super concordo :)
ResponderExcluiramo o seu blog e fico feliz com a história dele, do quanto durou. Quando fazia parte do Tudo de Blog CH, até hoje.
Ter seu blog como algo que te dá prazer, onde você pode desabafar, não exatamente TUDO que te acontece, mas algumas coisas e que é como um registro de coisas boas e ruins que acontecem com a gente; eu também penso assim. Confesso que teve um período, quando mudei o foco do meu blog, que pensava muito no que postar, sobre o que postar, se as pessoas iriam ler e gostar e comentar, mas depois desencanei, sempre quis algo original em meu blog, pelo menos tentar algo diferente nele, com a minha cara e agora, com a cara e o jeito dos meus amigos colaboradores de lá. Mas enfim, também tenho meu blog como parte de minha história, não tenho ele tanto tempo como você (queria ter viu), e concordo muito com o que disse :}
ResponderExcluirBeijos