sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Amizade e Vestibular - Como lidar?

Ana e eu na sessão de Enrolados - antes de descobrir que a versão dublada tinha a voz do Luciano Huck

Essa noite sonhei que minha classificação na UnB era 20ª lugar para Nutrição. Tudo isso seria muito bom se não fosse só 13 vagas. No sonho a Ana (minha amiga do cursinho) tinha passado para Geologia e tinha ficado sem graça de comemorar, mas então eu comecei a fazer ela comemorar por ela ter passado e subitamente esqueci da minha tristeza. Espero que o Cespe não faça nenhuma pegadinha desse tipo comigo.
O ano passado fizemos cursinho desde fevereiro e em agosto quando saiu o resultado, nós duas não tínhamos passado. Quando eu liguei para ela chorando ela atendeu com a voz chorosa e eu comecei a rir, é uma espécie de disfunção cerebral que me faz ser assim, não é absolutamente minha culpa, ela ficou meio com raiva, mas me dizia que falar comigo a fazia esquecer de chorar (geralmente é porque as pessoas perdem a paciência comigo seja lá qual besteira eu estiver falando e esquecem todos os outros problemas). Até hoje ela lembra disso e me culpa de ser uma má amiga.
O fato é que desde que terminamos o cursinho e fizemos as provas, Eu e Ana nunca temos muitas novidades, a gente se encontra para ver filmes no cinema, para tentar distrair a cabeça e não pensar no vestibular, mas no fim do dia estamos lá comentando a prova ou dando os nossos palpites de como achamos que a média vai ficar, como se o vestibular fosse uma loteria, o nosso prêmio dependesse muito da média e de quantas pessoas estão acima dela.
Falamos em procurar em emprego, e ai lembramos que não dá para começar nada sério antes do resultado do vestibular.
Fora o Enem, que foi uma decepção,  realmente achamos que tinhamos chances de passar com folga (O Enem era meu plano B) e por causa de poucos pontos de diferença da nota de corte (e muitas pessoas no meio do caminho)não passamos. Algo me diz que a conspiração contra mim das bancas examinadoras está funcionando muito bem. Seus sacanas, parem já com isso.
Não há livros, filmes, passeios ao ar livre, internet ou tv a cabo ou jogo de truco que resolva a tensão que é viver à espera do resultado do vestibular.
Enquanto isso, eu e a Ana estamos tentando decidir e criar coragem de olhar o resultado lá na Unb. Vai que, sei lá, a gente dá a sorte de passar.
Ana e eu felizes depois de descobrir que o Luciano Huck dublava o principal de Enrolados.

domingo, 16 de janeiro de 2011

I cannot stop ask me


O que fazer quando o mundo é pequeno demais para nossos sonhos? E nossos desejos são tão além da realidade que nos cerca e nos diz que nem tudo é como a gente quer? Sei que tentar alcançá-los é o que nos mantém vivos e que a vida sempre tem muito o que oferecer.
Mas nessa nova realidade, o mundo adulto cheio de responsabilidades, cansa. Eu tenho certeza que até o mais bem sucedido dos adultos pensa nos dias que passava a tarde inteira brincando e que a maior preocupação era se a mãe ia descobrir que ele quebrou o jarro de enfeite da sala de estar. Ou que não arrumou o quarto.
Quem ligava para o que ia vestir, o quanto pesa ou se precisar casar e ter filhos um dia? Mas, quando somos crianças queremos ser adultos, para poder brincar a hora que quiser e não ter que arrumar o quarto ou ficar de castigo. Para poder faltar a escola e poder comer só besteira. Eu era assim, admito. Não que, mesmo negando, vocês não iam imaginar que eu era assim do mesmo jeito.
Mas então você cresce, e a cada dia precisar fazer algo mais. Você precisa saber desde tricô até configurar o IP do seu computador. Você precisa votar, tirar seus documentos, pagar contas, decidir o seu futuro. E ainda fazer com que tudo der certo.
E então você no  meio de tantas decisões complicadas e importantes, para e se pergunta: E se tudo der errado? e se o que eu acho que é o certo hoje, no futuro parecerá obvio que foi uma escolha errada? mas queremos tanta coisa.
Esse texto parece clichê, mas acho mesmo é que isso acontece com todo mundo.
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