domingo, 25 de abril de 2010

Oh lovely bones..


Eu adoro assistir filmes, quem me conhece sabe que eu adoro ler, ver filmes e séries, comer e dormir. E não há nada que me anima mais do que a estréia de um filme que me desperta o interesse logo pelo trailer. Se tiver um livro que conte a mesma história do filme, melhor ainda.
Foi assim com Orgulho e Preconceito e Memórias de uma gueixa cujos filmes eu assisti e amei e depois eu fui ler os livros e adorei ainda mais, mas de certa forma, apesar da riqueza de detalhes dos livros, não usei a minha imaginação para criar os personagens e os ambientes por que o filme já tinha feito isso por mim. Mais então, eu vi o trailer de Lovely Bones (ou nas traduções nada a ver do Brasil: Um olhar do Paraíso), e sabia que ele era baseada na história de um livro. Então, fiz questão de ler primeiro o livro, quando a minha irmã trouxe o livro da biblioteca mal pude esperar ela terminar de ler para ler também. 
O fato é que lendo (e vendo) Lovely Bones, o meu mundo transformou-se e agora me sinto uma nova pessoa (mesmo que um pouco traumatizada). Vejamos:
  1. Agora, toda vez que passo em frente a imobiliária, onde trabalha um senhor meio estranho alto que trabalha e mora no final da minha rua faço questão de nem olhar na direção e não manter conversas fiadas. Sabe como é, nunca se sabe se ele é um sociopata que gosta de arquitetura.
  2. Hoje no metrô, eu vi um homem muito parecido com o Mr. Harvey, que usava bigode e um óculos de aros redondos e tudo mais, ele ficou apoiado no suporte de ferro com um pequena pasta na mão e depois (apesar de eu estar o encarando discretamente, para ele não me notar) ele trocou os óculos de aro redondos por um óculos escuros. Muito suspeito.
  3. Penso que minha avó poderia ser tão legal quanto a avó da Susie Salmon.
  4. O modelo de determinação da Lindsey, irmã da Susie, que era estudiosa e muito mais centrada dos que os próprios pais e soube lidar muito melhor com a vida após a morte da irmã, super me inspirou a ser uma pessoa melhor.

Entre outras divagações que me ocorrem o tempo todo. O filme infelizmente não entrou para os meus favoritos como Orgulho e preconceito e Memórias de uma gueixa, mas está está na lista dos melhores.

domingo, 18 de abril de 2010

Mas fato é que...


Eu estava pensando, que toda vez que eu quero falar sobre uma coisa, seja qual for o assunto eu começo falando um monte de coisas paralelas, nada a ver com o assunto que eu quero falar, que no mínimo deve ser para a pessoa que estiver lendo ou me ouvindo ficar distraída com os pensamentos e esquecer do que eu estava falando (principalmente se o assunto for sério). Então, depois de muito falar baboseiras eu falo "Mas o fato é..." ou escrevo... E aí sim, eu falo o que eu quero falar.
Eu reparei que falo muito isso depois que eu fui ler uma conversa de papel antiga com a minha irmã e lá estava escrito com as minhas letras, depois de um texto enorme "Mas o fato é" e o que eu realmente queria dizer. Podem olhar nos textos antigos, o "Mas o fato é" está lá, escondido entre milhões de outras palavras na maioria dos meus textos, ou talvez no meu diário, ou pior:  nas minhas redações! Ele vive comigo, e eu nem me dava conta.
Mas o fato é, quantas outras coisas estão junto comigo e eu nem percebo? talvez o amor, a felicidade e tudo que eu sempre procuro esteja perto de mim e eu nunca tenha percebido.
Bem, de qualquer maneira, estarei atenta para evitar os vícios de linguagem e de me perder do mundo em volta.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Pausa para o chá*

Enfim o ano começou, embora estejamos quase no meio dele.
Já passou o carnaval, o BBB, a páscoa (embora eu tenha deixado um pedacinho dela bem na minha barriga) e agora só estamos esperando o natal para chegar 2011. O ano passa tão depressa né?
Embora estejamos no meio de abril, faltam apenas dois míseros meses para chegar o bendito vestibular (esse que vai mudar a minha vida se eu passar - pensar positivo nunca é demais-) e eu estou estudando todos os horários que tenho disponível para aprender o máximo de coisas possíveis num mínimo intervalo de tempo. Minha rotina tem sido essa: tentar ir o mais cedo possível para o curso, abrir apostilas e estudar, almoçar lá mesmo, estudar a tarde (geralmente nesse horário eu dou umas ou outras voltinhas para socializar né, olhar o que os outros estão estudando e ter uma conversa fiada com alguém, enfim) e depois vou assistir as aulas da noite, depois casa e cama. Meus dias preferidos são os que posso sair mais cedo, tipo as aulas de geografia, história ou de português, que consigo aprender sozinha lendo. 
Percebi que ando ficando meio chata (não que eu não fosse antes) e agora toda vez que eu não estou estudando, e estou fazendo alguma coisa diferente de estudar, eu fico reclamando que estou perdendo tempo e que deveria estar estudando. Eu não consigo evitar. E como as únicas notícias que tenho lido é sobre a Guerra Fria ou processo de independência do Brasil, eu ando muito sem assunto. Até porque nem adianta muito conversar com pessoas que também estão estudando sobre filmes ou seriados que ele não tem idéia do que é ou não estão vendo, e nem eu estou vendo mais. O único assunto é o vestibular, dicas para estudar, como passar...todo mundo tem uma teoria diferente.
Socializando consegui fazer alguns "amigos" e diversos conhecidos, que aumentam mais rápido do que a minha capacidade de aprender o nome de todos eles. 
Minhas horas vagas em casa, eu aproveito para atualizar o blog (porque estar estudando muito não é desculpa para não atualizar) e quando dá, passo nos blogs comentando no fim de semana ou no meio da semana (embora se eu não responder é porque eu estou estudando muito para o vestibular). Nem dá mais para ver televisão, por que eu acho que a Net descobriu que eu estava empenhada com os estudos e tirou todos os meus canais pagos para me incentivar.
E, preciso desabafar: sou péssima em redação, que é a matéria mais chata de se fazer ( está numa disputa acirrada com matemática), já que as aulas sempre terminam antes de eu terminar as minhas redações, que com muita luta sai alguma coisa meio confusa e meio "piegas" como diz a professora. Eu não sei escrever sobre pressão e a minha criatividade é muito mimada, só aparece na hora que quer (os meus posts demoram no mínimo uma hora e meia para serem escritos e mais uma hora para achar uma figura legal que combine com o meu humor e para corrigir tudo. Resumindo: eu demoro bem umas 2 horas para escrever algo que preste.).

[/livro]


* é uma pausa para o chá, porque eu não tomo café.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A evolução do homem:de Homo sapiens a mulher?

projeto de homem #fail

Pensa rápido: você vê uma silhueta de uma pessoa (com o rosto coberto) com calça rosa, blusa verde com desenhos sobreposta com uma blusa xadrez e muitas pulseiras coloridas no braço e pensa que é :
a. uma mulher
b. um homem
Acertou quem pensou em letra b! A moda chegou em tal patamar que agora os homens são tão vaidosos, tão ligado a moda quanto as mulheres. E isso é bem bacana, porque é sinal que as diferenças que existem entre os homens e as mulheres estão acabando. Mas não é bem assim.
Porque apesar dessas diferenças simples de homem vestir azul e mulher vestir rosa ter acabado, no mundo corporativo atual ainda há muita diferença no salário e nas posições privilegiadas entre homens e mulheres. Entre outras coisas, mas o fato em questão não é esse.
A pergunta que não quer me deixar calar é: aonde foi parar a masculinidade dos homens? não sei se sou a única, mas eu não quero um namorado para ficar discutindo qual a cor de esmalte é mais legal e qual calça me cai bem. Na verdade, não quero nem que ele imagine que existe mais de um tom de azul, vermelho ou verde. Isso por que eu nem vou falar que eu tenho pavor de ver os caras com calças justas, tipo skinny  e coloridas. Eu tenho pavor!
Tem homens hoje que usam mais brincos do que eu.

homem
Não sei vocês, mas eu acho muito mais legal um cara com uma camisa pólo (se for vermelha então) ou uma camiseta básica, calça jeans azul normal e um tênis e me derreto tanto quanto ver homens de terno. Sabe, roupas normais, que não demoram mais do 5 minutos para escolher (seja na hora de tirar do guarda-roupa ou de comprar!)
É por isso que os homens de antigamente, na minha teoria, pensavam em coisas mais importantes, como desenvolver uma vacina, construir um avião, viajar ao espaço, eles não precisavam ficar duas horas escolhendo a cor da calça que ia vestir para combinar com o brinco na orelha.

segue, em anexo uma fotografia de cara perfeito:
oi, sou lindo de qualquer jeito

domingo, 4 de abril de 2010

O ruim de crescer...


É que você fica grande...
E não pode mais se esconder no guarda-roupa quando se brinca de esconde-esconde (ou se esconde de uma surra), nem é carregada no colo, não dá para tomar banho na pia (sim, é coisa de pobre mais eu adorava fazer isso) e nem na piscina de plástico no quintal e nem tomar banho pelada com a mangueira. Não dá mais para ficar pelada, afinal.

Você não pode mais ficar balançando nos parquinhos e nem andando de patins sem o seu pai dizer que você pode cair e morrer ou no mínimo fraturar a coluna (é, o meu pai me disse isso). E você não pode mais andar de velotrol sem parecer um retardado. Fora que brincar não é a coisa que você deve fazer fora dormir e comer.
Aliás, depois que você cresce ninguém fica correndo atrás de você com um prato de comida bem gostosa fazendo com a colher como se fosse um aviãozinho. Nem te obrigam mais a tomar biotônico fontoura. Na verdade, depois de grande, quanto menos você come melhor. 

Lembro das minhas férias longas, tinha dias que assistia desenho animado a manhã toda, almoçava, tirava uma sonequinha básica (para recuperar as energias), brincava até não poder mais, geralmente inventando histórias, tipo da vez que eu era uma espiã, sereia, mocinha de dramas mexicanos, que era sequestrada, oprimida, subordinada em casa, colégio interno, orfanato, e que sempre fugia ou era resgatada numa espécie de luta ou uma fuga cheia de ação. Já fui até uma d'As Panteras. Brincava de tudo o que a minha imaginação permitia.
Quando se é criança você pode vestir-se de qualquer maneira, como todas as cores, andar com sandálias e meias, borboletinhas no cabelo em diferentes penteados a cada dia, e ninguém te acha patético.
O tempo passa a medida que nós brincamos de viver. Ele passa, mas a gente não vê. 
Me pergunto agora, quanto tempo mais me resta de juventude?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

She swan in the sea

"She swam in the sea

Drank of the deep
Embraced the mystery
Of all she could be
This was her time"
Michael W. Smith-



Estava um silêncio profundo na sala, tudo estava tão quieto que se conseguia ouvir o ofegar da respiração e o barulho de folhas de papel sendo virado de um lado para o outro. Ela olhava de um lado para outro, naquele minúsculo lugar, mas só via aquele painel de madeira branca, e seus cadernos. olhava por cima da baia e via apenas uma porção de cabeças. Pessoas que como ela estavam lá trancadas naquela salinha apertada virando folhas e folhas, talvez tão entediados como ela.
Olhou para aquelas palavras ordenadas de forma tão confusa e começou a sentir uma enorme vontade de sair dali, fechou os olhos e começou a sentir a brisa dos ventos no seu cabelo, ouvia o barulho do mar batendo na areia da praia e nas pedras. Sentia a areia nos pés.
Como uma louca começou a correr para o meio do mar, sentindo o geladinho da água batendo no corpo quente, aquele arrepio subiu pelo corpo e então ela se deixou levar pelas ondas, olhava aquele azul da água e a cor branca das suas pernas. A calma e a tranquilidade da água lhe fazia tão bem, o vento nos seus cabelos fazia se sentir tão livre.
Catando conchas e olhando as gaivotas voarem o farol ao longe, o desenho de traços finos do horizonte. O sol começou a se por, ela sabia que deveria ir, mas só queria ficar ali.

Ps: Isso é só uma forma literária de dizer que eu preciso de umas férias.
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