De volta ao ballet, de volta as rotinas

Em Março desse ano, tive que parar minhas aulas por motivo de força maior: eu realmente não conseguia chegar a tempo de fazer as aulas, por mais que eu me esforçasse ( um dia depois que tranquei a matricula, chegava em casa cedo toda santa segunda e quarta, era conspiração). Comecei a natação no lugar, já que era nas terças e quintas e não batia com os horários das aulas na faculdade.

O ballet sempre foi meu sonho, desde pequena sempre gostei de dançar e sempre quis aprender ( também queria ser atriz de novela mexicana, mas esse sonho deixei de lado...). E, mesmo quando parei, falei a mim mesma que voltaria em agosto, já que o semestre teria acabado e o novo semestre se Deus quisesse não teria nenhuma aula que chocasse com as aulas de ballet. Mas a greve me fez perder um tempo precioso, já que eu poderia ter voltado antes e não ter ficado quatro meses longe das aulas e quanta diferença faz.

Eu percebi que ficar esse tempo afastada foi terrível para a força que tinha adquirido nas pernas, na meia ponta e a postura que tinha. Hoje vejo o quanto estava boa antes ( apesar que, antes eu ainda era um horror!). A única coisa que melhorou, foi minha abertura lateral, que treinava constantemente em casa. O resto, vai ser como começar de novo, quase que do zero. Todas as dores de novo e repetir os passos again and again and again. E, fica cada dia mais distante o sonho de subir nas sapatilhas de pontas no ano que vem ou no meio desse ano (só a Ashley Tisdale que entra para o ballet numa semana e sobe nas pontas na outra, o resto dos mortais espera uma vida para ter força nas pernas o suficiente para isso)  já que se fizer o teste semestral, com certeza não serei aprovada.

Mas é isso que é feita a vida, de recomeços, de levantar após a queda, de continuar aonde parou ou começar novamente. Os sonhos podem ser possíveis sim, mas ninguém disse que seria fácil.