É assim.
É estranho falar de tantas coisas com pessoas estranhas, que provavelmente nunca irei conhecer, muito menos imaginar quem sejam, mas que em algum lugar carregam um pouquinho de mim, do que eu fui e das minhas idéias (mesmo que elas sejam um bocado idiotas e nada úteis). Eu sei que provavelmente que há alguém que fala de mim mais do que as pessoas que comigo convivem, por que é isso que nós humanos fazemos.
É como escrever um livro, você passa um pouquinho de você para o papel e nunca irá ter uma ideia de quantas pessoas leram. Muitos escritores, poetas e filosófos morreram sem saber ou sonhar que um dia seriam lidos. Tipo as irmãs Brontë, que passaram boa parte da vida achando que os textos e versos que compunham jamais seriam publicados ou sequer lidos. Tiveram que publicar sob pseudônimos, receberam várias críticas e hoje são considerados clássicos da literatura inglesa.
As palavras podem de fato mudar o mundo. Desde pequenas coisas a gigantescas transformações. A carta de Einstein para o presidente americano Roosevelt alertando sobre a Alemanha estar pesquisando sobre a fissão nuclear (ou seja, desenvolvendo uma bomba atômica) mudou o mundo, Einstein possivelmente não conheceu as pessoas que morreram nos atentados em Hiroshima e Nagasaki, e nem conheceu as pessoas que hoje se sentem obrigadas a estudar as sua teorias e nem tinha ideia do que isso poderia causar. Algumas palavras em um papel.
Não tenho ideia de quantas transformações eu fiz, pequenas imagino eu, mas acho que só o ato de nascer já é causar um grande impacto no mundo, então ninguém é qualificado para dizer que é insignificante no mundo.
Se um livro ou uma carta parecerem coisas difíceis demais para você, pense no impacto que pode causar as simples palavras "Eu te amo".
É isso.