Vinte e poucos.

“Não dá para saber qual dia será o mais importante da sua vida. Os dias que você pensa serem importantes nunca atingem a proporção imaginada. São os dias normais, os que começam normalmente que acabam se tornando os mais importantes.” - Grey's Anatomy

De fato. Hoje completo vinte e um anos e como todos os dias 20 de Dezembro, não são lá grande coisa hoje não podia ser diferente. Basicamente tive aula das 8 da manhã as 9h40, depois tive uma prova dificílima  que apesar de tudo, confesso nem estudei e depois sai para almoçar com minhas amigas da faculdade. Elas me deram um lindo porta-retrato e fui para o estágio. Lá, nada demais, o de sempre, fiz o meu serviço e sai nesse calor absurdo de Brasília para casa. Passei a tarde assistindo a Usurpadora no Youtube. Sabe como é, clássicos são clássicos por um motivo: nunca sai de moda e vale sempre a pena ver de novo. 

Celebrar os 20 e 1 não foi tão diferente dos 14, quando fiquei perdida no metro, peguei chuva e fiquei trancada a manhã toda em casa. E nem diferente dos 19, quando fiquei trabalhando com minha mãe o dia inteiro e nunca recebi presente. E assim vai, com o tempo você aprende que para comemorar a sua existência não é preciso ter 100 pessoas em volta da mesa ansiosas para comer o bolo, nem mil felicitações no Orkut, Facebook ou sei lá o que tiver na moda no ano. São as conquistas que você fez ao longo desse ano vivido é que contam.
Fiz 21 anos e ainda não aprendi a mexer no Excel, a lidar com os meus parentes nas festas de família ( aliás, ainda vou ser o assunto desse natal), a aplicar delineador de forma satisfatória e ainda tenho problemas com meus pais, não aprendi a lidar com o meu vício por chocolate.
E nossa, como eu cresci e conquistei coisas importantes esse ano. Aprendi a lidar com os 'não's e todas as decepções de portas fechadas, a me arriscar mais, viajei sozinha, aprendi que se você for na onda dos outros e se meter naquilo que não é chamado vai perder uma amizade importante e vai ter lidar com isso depois sozinha. Aprendi que o meu medo de comprometimento com trabalhos pode ser levemente curado e que de fato, apesar de todo o sofrimento no curso para passar nas matérias e mil trabalhos e a remuneração baixa da profissão, das pessoas que não valorizam sua utilidade,  ser nutricionista é super recompensador em boa parte do tempo e, depois que me formar, serei muito feliz nessa profissão que escolhi, tudo isso baseado no meu estágio, que me faz sair todos os dias cansada, mas com um sorriso no rosto. Aprendi a me soltar mais e a receber a vida sem preconceitos, que são como barreiras para coisas novas e emocionantes e que a vida vale muito a pena se você não desistir de tentar, ano por ano, fazer com que ela fique melhor, não apenas para mim, mas para as pessoas ao meu redor.

Relembre o aniversário de 2008,  2009, 2010 e 2011.

É isso, se a preguiça, minha fiel companheira, me deixar, irei voltar antes do natal!