Esse mês não fui fazer compras, porque não seria a mesma coisa. Sabia que as chances de ver um cara bonito me dando mole eram mínimas. E aquele cara então? muito menores ainda. Naquela vez, depois de nos esbarrar várias vezes no supermercado (inclusive na hora que eu estava escolhendo a minha porção individual de lasanha, ele ficou super por perto pegando alguma coisa que eu não pude ver porque meus olhos mal conseguiam olhar para as embalagens de tanta timidez) e depois na hora que fomos para a fila, ele passou por nos e pensou umas duas vezes se ficava com o carrinho atrás de nós, mas no fim, acabou ficando duas filas ao lado da nossa. A nossa fila andou mais rápido, mas como minha mãe tinha esquecido a carteira, acabamos saindo do mercado quase no mesmo tempo. E, como se as coincidências não fosse o bastantes, o carro dele estava estacionado tão perto do nosso! Fiz um lindo e bem elaborado esquema para vocês terem uma idéia:
Dizendo fontes seguras, que ele estava arrumando as compras (que eram em menor quantidade que a nossa) vagarosamente e de forma tão organizada comparado a nós, que enquanto eu segurava aquele suporte de madeira que fica lá no porta malas, minha mãe e minha irmã jogavam as compras como se fosse aquelas competições de quem pega mais coisa em menos tempo. No fim, terminamos primeiro que ele e eu fui devolver o carrinho, ele foi logo depois, mas na hora que eu estava voltando ele entrou no carrinho e eu fui embora.
E, desde então, ele só faz parte das lembranças. Fazer compras nunca mais vai ser o mesmo.