terça-feira, 30 de março de 2010

Calculando Probabilidades

É cientificamente comprovado que eu tenho um cérebro misto (penso tanto como um homem como uma mulher). A  maioria dos homens pensa racionalmente, enquanto as mulheres são mais emocionais.É por isso que homens, os racionais se dão bem nas áreas exatas e nós emotivas nos damos melhor com as áreas humanas. Eu, linda e com o cérebro misto deveria ser bem racional e conseguir entender exatas, mas especificamente matemática (porque até física, com um pouco de esforço eu consigo entender). Mas a matemática, o meu cérebro se recusa a aceitar e entender.


Sou péssima com frações, proporções, trigonometria, função, raciocínio lógico, geometria espacial...enfim (e eu nem estou falando daqueles símbolos que são tão horrosos que podem expressar palavras feias como por exemplo: Matemática é uma $#*¢£³%?²). Eu aceito que sou ruim e continuo seguindo em frente (talvez não tão em frente, porque eu realmente preciso aprender isso pro vestibular e para a vida), mas a probabilidade é a raiz do meu problema.
O professor chega na aula e explica a probabilidade e eu fico pensando "Nossa, como isso é legal e é tão fácil!" sorrindo toda vez que o professor pergunta se alguém tem um dúvida. Eu geralmente não tenho.
Então, como um coelho salta para a armadilha, vou toda feliz e saltitante fazer aqueles exercícios legais de probabilidade. Tento, tento e nada da resposta ficar igual ao gabarito, fora que eu geralmente não consigo nem pensar numa lógica para resolver a questão. Então, eu me frustro, fico com uma vontade enorme de bater a cabeça na parede para ver se volta a funcionar. Mas as únicas probabilidades que eu entendo são:
 "Qual a probabilidade da Thamy acertar questões de matemática?"
"Qual a probabilidade dela passar no vestibular?"
"Qual a probabilidade da mesma arrumar um namorado legal? e bonito? e inteligente?"


Poucas, meu caro leitor, se posso ser otimista em relação a isso. É quase a mesma probabilidade de uma pessoa ganhar duas vezes na mega-sena seguida ou na vida, já que a probabilidade é quase nula (matematicamente falando ou um evento é provável ou um evento é impossível). Nem preciso dizer qual é o meu caso. Então, se um dia eu acordar com sorte, talvez aconteça de um cara bonito me ensinar matemática. Qual é a probabilidade disso acontecer?

PS: A foto do meu perfil aqui do lado diz muito sobre a minha expressão facial quando me deparo com problemas matemáticos, é só tirar esse sorriso bobo do meu rosto.

sábado, 27 de março de 2010

Isso não teve graça.

 Thamy contando uma piada
Não sei contar piada.
É uma história muito engraçada de se contar ( ou não), como no decorrer dos meus anos recentes eu venho sofrendo com o fato de ter pouca ou nenhuma habilidade de contar piadas. É sério! Não tem nada mais chato do que você querer contar uma piada e não conseguir.
Tudo começa assim, eu vejo uma coisa engraçada, uma piada ou um fato que me faz rir horrores. Até então, tudo bem. O problema é quando eu vou tentar contar para alguém, só de lembrar eu já começo a rir descontroladamente (até lacrimejo)  e a pessoa fica me olhando sem saber se ri de mim rindo ou se ri da situação ou se chama alguém para me internar. Então, a pessoa pede que eu me acalme, espera pacientemente eu parar de rir e, quando eu lembro de novo da piada/fato começo a ter outro ataque de risos e a pessoa perde a paciência. Fico séria e tendo pensar em algo triste, ai viro e volto a tentar contar para a pessoa e quando enfim eu consigo a pessoa já não acha graça  ou pior, nem me dá atenção. 
Outro fato curioso, é quando estou caminhando no meio da rua ou fazendo uma prova em alguma situação meio séria e começo a rir sozinha (a minha mente viaja do Azerbaijão à Zimbabwe em questão de minutos), relembro do fato/piada e começo a rir sozinha do nada. Sabe o que isso parece? insanidade! Até imagino as pessoas olhando para mim e pensando: "Nossa! tão novinha e já com problemas mentais".




quarta-feira, 24 de março de 2010

Confessions of a Bookaholic



"Livros são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais acessíveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes professores." (Charles W. Elliot)



Sempre gostei de ler, mesmo. Desde que aprendi a ler, sabe-se lá com quantos anos, tenho praticado bastante. Tudo começou com as leituras dos livros escolares, toda vez que meus pais compravam livros novos para o novo ano escolar eu mal podia esperar para o ano começar e eu usá-los. Adorava aquelas páginas limpinhas, aquele cheirinho de novo e toda aquela novidade. Abria e passava página por página, geralmente só olhando as figuras e os quadrinhos (garanto que até hoje não mudou, criança adora coisas coloridas...), se tinham aqueles textos contando histórinhas então, eu adorava!, lia todos antes de começar o ano letivo. Já na escola, em cada sala tinha uma pequena estante cheia de livros, lia quase todos eles, já nem me lembro mais suas histórias, mas adorava os desenhos.
No ginásio (era assim que se chamavam as séries da 5ª a 8 ª na minha época -Ahh, estou falando feito gente velha!-), todo bimestre tinhamos que ler um livro, lembro até hoje que tivemos que ler "A droga da obediência" do Pedro Bandeira. Gostei tanto do livro que li a série todinha que contavam as aventuras dos "Karas". Depois, comecei a pegar emprestado com uma amiga os livros do "Diário da Princesa" e desde então, nunca mais parei.
Meus pais não eram (e até hoje não são) habituados a me dar livros, achavam um desperdício de dinheiro, então eu sempre pegava emprestado. 
Mas de uma hora para outra, comecei a querer ter os livros só para mim, para poder guardá-los numa estante só minha, para no futuro formar uma biblioteca particular com diferentes títulos, saber a evolução do meu gosto literário, para sempre poder relê-los quando quisesse. Ter os livros para chamar de meu.
Comecei a comprar livros nas livrarias, no submarino, em sebos e ganhar também. A cada título que eu adquiro, penso nos próximos que eu quero ter, é um vício. Devo lamentavelmente admitir. E o pior, não consigo evitar de querer mais e mais (papo de viciada). "Posso parar se eu quiser!" repito para mim mesma numa tentativa frustrada de tentar esquecer, mas já é tarde. Preciso ir para uma reabilitação.
Vivo me perguntando se não existe um Bookaholic Anonimous, mas imagino que clube do livro seja a mesma coisa, tipo, a gente chega lá e ao começar a sessão falando de quantos reais gastamos em livros na última semana e no fim terminamos sugerindo livros um para o outro comprar.
Dizem que para acabar com um vício, devemos começar com outro. Foi assim que eu parei de roer as unhas e fiquei viciada em pintar as unhas. Mas enquanto eu não achar um novo vício para substituir o de comprar livros, vou ficando com esse mesmo. Alguém quer me dá aquele novo livro...

P.S: Sempre quis morar numa biblioteca. Eu não sou normal, tenho que me acostumar com isso.

imagem daqui:

domingo, 21 de março de 2010

Sobre Albert Einstein e as minhas teorias

"A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro." - Albert Einstein


Ontem estava assistindo o documentário sobre a vida de Albert Einstein (faz parte das minha metas pessoais de abandonar um pouco da futilidade e acrescentar um pouco de cultura útil na minha vida) e mesmo que eu tenha só assistido os dez primeiros minutos, desistido e começado a assistir "Educação". Sinto que os dez primeiros minutos realmente foram proveitosos.
Segundo o documentário, Albert Einstein teria sido um aluno muito desleixado na faculdade, faltava as aulas  e ninguém acreditava muito nele, o pai dele teria morrido sem saber dos feitos de Einstein para a humanidade (espero que o meu não morra antes que eu entre para a faculdade!), Terminou a faculdade sem trabalho e chegou pensar em trabalhar vendendo seguros. Ele vivia deprimido por isso e tudo mais então arrumou um emprego de assistente de patentes, onde passava os dias analisando os pedidos de patentes. E mesmo sem ver o final do documentário, todo mundo sabe o que acontece no final né? sobre virar gênio, teoria da relatividade e tal  (está bem, eu vou terminar de assistir)
Então, se nem tudo estava tão bem para o Albert, mas no fim acabou se tornando o gênio que foi, o que diria de mim com a minha vida amorosa que é igual a gravidade no espaço: quase nula. Que ainda estou tentando entrar para uma faculdade e arrumar um emprego legal?
No fim, Einstein e eu temos muito em comum. Mais do que imaginava. Não que eu vá descobrir alguma coisa que relucione a ciência e o mundo. Dadas as minhas condições atuais se eu revolucionar o meu quarto, já está de bom tamanho.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Se eu anotasse tudo que eu penso...


Minha bagunça é organizada; Porque pessoas legais moram longe?; Amo tempo frio; Chique é ser inteligente (a comunidade para quem pensa e sabe escolher a cor do esmalte); Audrey Hepburn; Audrey Tautou; Cresci lendo a turma da mônica; Viciados em livros; Odeio as normas da ABNT; Odeio esperar; Queremos Yakult 2 litros; Eu tenho crise de riso; Tenho medo das vinhetas da MTV; Eu quero morar sozinho; Quero um namorado fofo; Garotas DESASTRADAS; Eu queria ser vegetariano; Eu não sei se eu vi...(se eu sonhei ou alguém me contou); Eu acredito e confio em Deus; Sumidos (comunidade para os desaparecidos profissionais); Ma francês est très bizarre; Eu amo o horário de verão; Eu amo ler; Filhos de pais separados; All star bom é all star sujo; Meu guarda-chuva sempre vira; Mulheres com conteúdo; Autodivertidos; Eu amo ficar sozinho em casa; Eu adoro ler dicionário; Odeio assassinos da Gramática; Odeio quando me dizem: esquece!; Tudo é tão simples (eu é que complico tudo); Os embaços de sábado à noite; Desconheço parentes distantes; Eu amo piscina; Eu sorrio para as pessoas na rua; A arte de enrolar nas provas; Eu odeio me bronzear; Gente educada é outro nível; Eu, desastrado?; Sonhava em patinar no Carrefour; Eu nunca tive um dinossauro; Eu amo ler rótulo de embalagem; Penso. logo não durmo; Ainda gosto de brincar; Eu sofro de mini-amnésia; Eu te amo, mas disfarço bem; Inverno, cobertor e filme; Calma, eu sei o que eu tô fazendo; I need my beaty sleep; Procrastinadores crônicos; Tenho que twittar isso!; Contra racismo e intolerância; Eu abro a geladeira para pensar; A Bíblia é a pura verdade; Hoje eu acordei meio Mr. Bean; Eu sei, só não sei explicar; Nunca disse que era gente boa; Não sei demonstrar interesse; Se meus olhos tirassem fotos; Eu escolho a cor do canudo; O brasileiro precisa ler mais; Deus está cuidando do meu futuro; Eu sempre esqueço de lembrar; Pai...tá chegando?; Odeio carregar sacola; Sem cerimônia para tragédias; Brincava de corrida de gotas; Eu quero um Mr. Darcy para mim; Detesto aglomerados humanos; Eu não tenho orkut; Filosofia do Garfield; Tô com preguiça de digitar; Eu poderia estar dormindo; Da minha bolsa sai até jacaré; Mãe, eu te amo me dá dinheiro?; Eu amo chupar laranja; Não sou explícito; Fui induziada ao erro; Eu quero biblioteca full time; Acostumei mal os meus pais; Odeio sair de casa forçado; Desilusão Ortográfico-amorosa; A arte de evitar pessoas; Odeio, vírgulas inapropriadas; O que Blair Waldorf faria?; Vou ser o assunto no natal; 沒人相信我; Não nasci para ser pobre; Não sei ser romântica; Tédio, o urso; 


...talvez eu tivesse uma idéia melhor para este post.




domingo, 14 de março de 2010

Sim, sou efusiva.


Eu ligo muito para o que as pessoas pensam de mim. Ligo tanto que faço tudo para ser sempre simpática, tratar as pessoas bem e dou muita atenção ao que elas falam, mesmo quando não estou nem um pouco interessada em ouvir relatos sobre as fases pré/durante/pós namoro das minhas amigas. Até porque, considerando a minha vida amorosa relativamente igual a zero. 
Mas, quando elas se desagradam de mim, ainda mais sem motivo, eu realmente não ligo. Não porque eu não me importo com a pessoa, talvez eu até me importo. Mas eu não ligo porque tudo que eu poderia fazer por ela eu já fiz. 
Não sou de ficar procurando desafetos, na verdade geralmente eu nem fico sabendo se uma pessoa não gosta de mim ou não (a não ser que a pessoa escreva com todas as letras: THAMY eu te O-D-E-I-O! não tem como não ver isso né?) ou demonstre com as ações. Já falei o quanto sou bobinha? pois é, eu sou.
Enfim, o ponto em que quero chegar é: pode falar mal de mim. Sugiro que me chame de gorda, fale mal do meu cabelo, fale mal dos meus pais, irmãos, tios, fale mal do meu blog, fale mal da minha falta de vida amorosa, inteligência ou de dinheiro.
Se você realmente me odeia, isso realmente vai me magoar por um dia ou talvez dois. Se tiver sorte, uma semana.
Agora nunca, mas nunca fale mal dos meus sonhos, nunca deboche deles. Nunca faça cara de menosprezo. E nem diga que eu não conseguirei. Sério, como bom desafeto que eu sou, estou lhe passando a dica (mas é só para quem me odeia, ok?), para facilitar para você. 
Sou muito insistente em relação aquilo que dizem que eu não dou conta. Sabe, eu sempre tento me superar, me dizem que não posso fazer cada coisa, mas dentro de mim uma voz me diz que eu sou tão capaz quanto todo mundo de fazer o que eu quero. Porque não?
Nada motiva mais uma pessoa, do que dizer que ela não é capaz.



sexta-feira, 12 de março de 2010

Como evitar um posto de gasolina?



Todos os dias, a caminho do Exatas (cursinho pré-vestibular que eu frequento), eu passo por entre um posto de gasolina. E seria tudo normal, se eu fosse uma pessoa normal. 
Mas o fato é que eu não sou normal.
Eu tenho muito medo de postos de gasolina, e eu ainda não achei a origem do meu medo, mas o fato é que toda vez que eu passo em frente, eu ando um pouco mais rápido, olho para ver se não tem ninguém no celular, ninguém acendendo um cigarro ou coisa assim. Porque com a minha sorte, esse tipo de coisa pode acontecer bem na hora que eu estou passando e ai....buuuum. Todo mundo sabe que não se deve acender um cigarro, falar ao celular, deixar o motor ligado, mas mesmo assim sempre tem um cabeção que faz não só uma, mas as três coisas: chega no posto, deixa o carro ligado, o telefone toca e ele atende o celular enquanto acende um cigarrinho.
Da última vez que eu me queimei seriamente, foi quando eu fui pescar na chácara do meu tio, fiquei lá pescando  e no outro dia não conseguia nem respirar com a dor da minha queimadura de primeiro grau por passar apenas duas horinhas na sombra. Eu fiquei dias resmungando pelos cantos da casa, enfim.
E, toda vez que a minha mãe para o carro para abastecer, eu fico meio claustrofóbica no carro, planejando rotas de fuga. Porque se algo acontecer, como eu sairia dali correndo? e como eu tiraria a minha mãe ou a minha irmã do carro comigo em frações de segundo?
Isso tudo nos leva a uma questão serissima de educação no nosso país, porque o ministério da educação não inclui  aulas de treinamento para agirmos em casos de incêndios, terremotos (ainda mais agora, que terremoto tá na moda né?) ou furacões? 
Mas voltando aos postos de gasolina, outro dia eu estava lá com a minha família abastecendo o carro a noite, quando o cara do carro da frente sai do carro com uma arma e começa a assaltar o posto. Tipo, eu fiquei de cara e o pior foi que todo mundo que estava no nosso carro começou a agir como se não tivesse vendo um assalto ali, bem na nossa frente, a minha mãe só terminou de abastecer e saiu e os frentistas agiram como se fosse só mais um assalto. Assaltos são tão frequentes em postos de gasolina, que se você quiser entrar para a carreira criminosa, te aconselho a ir assaltar um posto, os frentistas já estão tão habituados, que se você tiver dúvida do que fazer primeiro (assalto primeiro o caixa ou a loja de conveniência? o que você recomenda? sei lá, essas dúvidas que todo assaltante iniciante deve ter) é só perguntar ao frentista.
Então, a partir de agora, eu estou tomando outro caminho para seguir com a minha vida, tentando evitar o inevitável, passar ou parar num posto de gasolina.

image:

domingo, 7 de março de 2010

Enrolando nos Simulados

imagem ilustrativa 
(já que eu não me pareço NADA com a Alicia Silverstone)


1. Fiz um simulado chato de exatas
2. Fiz um simulado chato de exatas ao lado de um hot guy
3. Fiz um simulado chato de exatas ao lado de um hot guy gripada
4. Fiz um simulado chato de exatas ao lado de um hot guy gripada e com fome.
5. Fiz um simulado chato de exatas ao lado de um hot guy gripada e com fome e fiquei enrolando horrores para ver se ele pedia meu telefone.

Resultado:
1. Perdi a concentração
2.Fiquei com fome um tempão
3 Não consegui o telefone/msn/nada do cara
4. E ainda cheguei mais tarde em casa!



Observações feitas através de estudos profundos sobre o cara em questão:


1. Ele estuda no mesmo cursinho que eu, só que em turno diferente.
2. Apesar da carinha de 15 anos, ele é maior de 18 e dirige (amém)
3. Ele usa o tipo certinho de blusa de frio com gola em v que fica linda sobreposta com um blusa branca. Super sexy
4. Ele parece ser inteligente (ou muito burro) por que passou um tempão resolvendo as questões.
5. Ele foi bem educado comigo nas duas ou três palavrinhas que trocamos enquanto passava a lista de chamada.




Pergunta: Tem como ficar sexy gripada?

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sobre a importância da nossa própria História.

Há dias venho pensando em falar sobre isso aqui. Mas ai quando estava visitando o novo blog da Mari E. eu achei que definitivamente era a hora de falar o que eu penso sobre o meu blog e sobre os blogs da blogosfera que me rodeiam.


Eu criei o meu blog em 2006, nem sabia ao certo o que era um blog, tinha 14 anos e naquela época me achava muito esperta (como eu era ingênua) e estava disposta a falar sobre tudo ou sobre nada. Não tenho orgulho da forma que escrevia naquela época, eu não sabia organizar as minhas idéias, não sabia usar um computador e só usava o computador para olhar orkut e entrar no msn, porque eu não tinha um. As minhas postagens eram mensais ou sei lá anuais, só postava quando eu lembrava que tinha um blog.
Mas por mais que pareçam rústicas aquelas primeiras postagens, foram os meus primeiros relatos, são as minhas idéias em um determinado tempo, e como diria algum professor maluco de história são fragmentos muito importantes! Caso um dia eu vire alguém famosa, tipo uma escritora ou Nobel em Ciência pela descoberta da cura para algum tipo de câncer (pera aí, ninguém é famoso por isso, caso um dia eu vire colírio da Capricho, brinks =}) e eles quiserem fazer um livro baseado na minha vida (sonhar nunca é demais né?), estará lá um fragmento das minhas ideias em um dia qualquer de outubro de 2006.
Eu realmente tento passar um pouco de mim nos meus textos, talvez alguém não sinta e só leia como palavras ordenadas que formam frases, orações, periodos ou sei lá o quê, mas eu ponho os meus sentimentos aqui, nem sempre de uma forma direta, mas pode ter certeza que por trás de cada crônica ou texto aleatório tem um pouco das minhas experiências ou impressões da vida, e por isso não consigo entender como algumas pessoas conseguem excluir um blog tão facilmente. Para mim é como se fosse um suicídio.  
Porque com o meu blog eu aprendi muitas coisas, conheci várias pessoas, que me ensinaram e que me fizeram rir ou me fizeram chorar com o texto delas, com fragmentos da suas histórias, que um dia talvez foi semelhante a minha ou me lembrou algo que eu já vivi ou que me alertaram a algo que eu poderia viver de pessoas que nem estão presentes na minha vida físicamente, que talvez eu nunca conheceria se não fosse pelo blog. Mas então, como um suicida, a pessoa deixou de existir.
Se um dia eu excluisse blog, deixaria de existir para as futuras geraçães, que por sua vez nem teriam ideia do que uma pessoa de 14 , 16 ou 18 anos pensavam em 2010. Já imaginou se Anne Frank tivesse queimado o próprio diário?

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