Eu amo escrever, desde pequena eu rabiscava inúmeros cadernos com minhas histórinhas por mais simples e bestas que fossem eram as minhas e somente minhas histórinhas. Aos onze anos, eu era grande demais pra escrever histórinhas e me deram um caderno para minhas anotações diárias. Tinha dias que eu nem escrevia, tinha dias que eu desenhava nele e tinha dias que eu escrevia nele como tinha sido o meu dia. Todo ano eu comprava um caderno e escrevia nele sobre meu dia e as minhas angústias,conflitos com o mundo exterior ao meu mundo de imaginação. Confesso: Até hoje tenho diário, e ainda hoje escrevo nele, tudo que se passa comigo, eu morro de medo de um dia esquecer os melhores anos da minha vida, esquecer da minha infância por mais dura que ela tenha sido ou por mais chata e patética, foram meu anos e apenas meus. Mas no ano de dois mil e oito sequestraram meu diário, meu livro mágico de segredos e sinto falta dele como se fosse uma pessoa a quem eu contasse meus segredos e se ela tivesse partido sem ao menos se despedir.
Eu já tentei pagar resgate e tudo mais mais foi em vão, já fiz de tudo pra me devolverem mais parece que ninguém sabe dele, e pareço fútil e infantil se eu peço desesperadamente por um caderno bobo cheio de anotações de uma garota mimada. Mas e daí é meu. eu gosto muito das minhas anotações.
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